sexta-feira, 17 de junho de 2016

SERRA DA MANTIQUEIRA


Quando o vagar perpassa a alva neblina,
vê-se o desenho, feito uma escultura,
a agigantar-se ao longe, em grande altura
...e a Mantiqueira inteira nos fascina!

Cercado pelo verde que domina,
erguido em rocha, ao vento, sem tristura,
o pico aponta o céu, real cortina,
e o azul do céu o adorna, qual moldura!

Os córregos se lançam lá do alto
em belas corredeiras, ora em salto,
na melodia dos sons da natureza!

Aqui e ali, um pássaro nos faz
sentir a natureza em plena paz!
...Só pode vir de Deus tanta beleza!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

BUCOLISMO COM PROGRESSO

Poço do Céu - Serrinha do Alambari - Resende-RJ


Bucólica cidade, calma e bela,
Ao pé da Mantiqueira ela nasceu!
Do tempo traz histórias que viveu,
Conversas na varanda... Na janela...

Bucólica cidade, que inda zela
Por coisas que seu povo já aprendeu!
Quem é daquele tempo lembra dela,
Em coisas que a memória não esqueceu...

Gigante que o progresso alavanca,
Desponta, qual Detroit do Brasil,
Na mídia, nos jornais, em cada banca,

Assusta ao resendense ainda gentil,
Que abraça ao forasteiro, sem carranca,
E, aos poucos, vai mudando o seu perfil!



terça-feira, 19 de junho de 2012

MEMÓRIA VIVA


Resende guarda história imperial,
Nos velhos casarões do Alto dos Passos!
As ruas e ladeiras dão o sinal
Dos idos bem vividos e hoje escassos...

Em doces melodias (sem compassos)
Os pássaros se aninham no quintal,
Como nos velhos tempos do arraial
– Pra eles não há dores nem fracassos...

Dos tempos em que a nossa realeza
Fazia as excursões em comitiva,
Conserva-se a hospedagem da Princesa!

Seria de bom grado a iniciativa
De um nicho cultural e da beleza,
Que existe na memória e inda está viva!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

NA SERRA DOS TEUS ÓRGÃOS

Vivo a galgar da tua serra os cimos,
Para ir provar nos cumes mais macios
Duas cerejas, fontes dos meus mimos,
No arroubo dos enroscos mais vadios!

Na serra dos teus órgãos tão sadios,
Galgo da serra os seios, meus arrimos,
Salivo deslizando qual em limos
E me derreto em caldo nos teus cios!

Desço e deslizo sobre a maciez,
A espalhar o caldo que umedece,
A te lubrificar com meu amor...

Salivas tu meu caldo co’avidez,
Escorro e lubrifico o que ele aquece
...E ao fim, me afogo em gozo em tua flor!





















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quinta-feira, 10 de maio de 2012

RESENDE













Resende, acende a tua voz,
Reclama todo o teu direito!
Não cala diante do algoz!
Não cala diante do mal feito!

Abraça aquele que aqui vem
Trazer progresso à tua gente!
Vigia o mal, cultiva o bem...
Aqui se vive, realmente!

Olha ao redor, quanta beleza!
A Mantiqueira ali adiante,
A exuberante natureza,
A nos tocar a todo instante!

Bela cidade, és tu, Resende,
Onde transcende a calmaria...
Acende, pois, a voz, acende,
A cada noite... A cada dia!

Olha teu rio, a bruma leve,
Que sobe igual pequenas chamas,
Porém, de um branco quase neve,
Saudando o povo que tu amas!

Alguém chamou-te princesinha,
E princesinha és do vale!
Que sejas sempre assim tão ‘inha’
E a mão de Deus sempre te embale!

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terça-feira, 8 de maio de 2012

NUM LONGO GALOPE na beira do mar
















Passei pela vila no meu alazão,
Comprei rédea nova e estribo dourado,
Rumei pra distante num calmo trotado,
Levei a saudade daquele torrão,
Lá onde aprendi a primeira lição...
De longe escutei o berrante a tocar,
Segui meu caminho querendo voltar,
Mas algo mais forte queria que eu fosse
– U’a doce morena com nome de doce –
Corri a galope pra beira do mar!

Seu belo endereço era a rua da espuma,
Bem lá onde as ondas do mar se deitavam...
Bem onde ao sol-por as gaivotas bailavam,
Voando em bandos ou uma por uma!
– A vida passava sem pressa nenhuma...
A doce morena me vendo apear,
Correu pela praia com ânsias de amar,
E ali a lembrar dos antigos passeios,
Montou na garupa, roçando-me os seios
...Num longo galope na beira do mar!
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quarta-feira, 25 de abril de 2012

PASSEIO – Das matas à beira do mar, em um Galope à beira-mar













Olhei para a estrada que leva pra longe,
Juntei minhas tralhas, peguei meu cantil,
Selei meu cavalo, amigo gentil,
Botei-lhe o arreio, presente de um monge,
Peguei sua ração, milho bom que ele ronge,
Partimos os dois – amizade sem par...
Por matas e rios, a brisa a saudar,
Rumamos em trilhas até o litoral,
Banhamos nas águas com gosto de sal,
Depois de um galope na beira do mar!

Eu vi meu país com suas lindas paisagens,
Imensas campinas, florestas, cascatas,
Planícies, colinas e o verde das matas!
Ao sol, o vapor desenhava miragens,
As flores sorriam em belas ramagens...
Vi tanta beleza que embarga o falar!
Ao leste, o convite do mar a encantar
E a fauna e a flora e a terra e a areia
E um povo que colhe o amor que semeia
...Galopa e passeia na beira do mar!

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